Você vai acordar cedo para querer dá conta de multitarefas.
Você vai ter pressa para crescer, 18 anos será uma realização de um sonho!
Você vai olhar para o seu guarda-roupa e vai dar vontade de arrumar tudo e sair de casa sem destino.
Você vai querer voar, mesmo sem ter asas.
Você vai ouvir novas canções, e achar que melhor não há.
Você vai achar que o amor precisa de uma bela história para existir.
Você vai odiar dançar, e errar.
Em algum dia, assim qualquer, um dia que não é feriado, nem um dia de festa, de compromissos, muito menos o dia de sua morte, perceberá que deu atenção a coisas totalmente desnecessárias.
Aí então:
Você vai querer acordar tarde, porque dormir é uma dádiva e o que não fizer hoje, pode ser feito amanhã e você não será punido por isso, pois, o mundo continua a seguir o seu percurso normal.
Você vai descobrir que quando se chega aos 18 anos, não há absolutamente nada de mais, que na realidade a infância, sim, foi algo sensacional!
Você vai olhar para casa de seus pais e descobrir que não teve lugar melhor de se viver.
Você vai ter asas, mais vai ser prudente ao alçar voo.
Você vai encontrar beleza nas velhas canções. Vai descobrir Caetano, Legião, Kid Abelha e Zeca Baleiro.
Você vai encontrar o amor em uma esquina sem graça em uma estrada mal acabada que em toda sua vida, até então, não acreditava nas coisas simples.
Você vai aprender que dançar foi à invenção do século! Vai querer dançar acompanhado, sozinho e mesmo quando ouvir um ritmo fora do seu estilo musical vai dançar, pois irá saber que importante é ser feliz!
Você vai aprender com os erros dos outros, com os seus e, no fim, se tornará amigos deles.
Você vai ver que o “NOVO” é criativo, inteligente, fugaz e vai dar razão ao que diz aquela canção:
“(...) Que ainda somos os mesmos que vivemos como nossos pais (...)”.
por Deise Natividade